01/02/1959 – 20/03/1965 – PE. TEODORO KOCK, MSC

 

 

Pe. Theodoro Constantino Adriano Kock

08.07.1915 – 20.03.1990 74 anos

 

Após uma grave e muito breve doença, sem dores e aceita calmamente, Pe. Teodoro entrou na casa do Pai, no dia 20 de marco de 1990, no seminário de Vila Formosa.

Theodorus Constantinus Adrianus Kock nasceu em Oosterhout, Holanda, aos 8 de julho de 1915, diocese de Breda. Seus pais, Adriano Theodoro Kock e Joanna Braat eram profundamente católicos e tiveram nove filhos. Ao sexto filho deram o nome de Teodoro. O pai, dono de um moinho de vento, era moleiro-comerciante e a mãe se dedicava aos afazeres domésticos. Menino de 13 anos, entrou, aos 3 de setembro de 1928 para a Escola Apostólica dos MSC em Tilburgo, onde estudou humanidades ate 1934. Jovem de 19 anos, fez seu noviciado em Berg en Dal, onde fora admitido aos 20 de setembro de 1934. Terminado o noviciado, emitiu seus primeiros votos religiosos no dia 21 de setembro de 1935, para então professa-los perpetuamente aos 21 de setembro de 1938. No período de 1935 a 1941, cursou dois anos de filosofia em Arhnem e quatro anos de teologia em Stein. Conforme o costume da época, foi ordenado sacerdote no terceiro ano de teologia em 10 de agosto de 1940, aos 25 anos de idade. Ap6s o quarto ano de teologia, fez o quinto ano de estágio pastoral no qual os jovens missionários se dedicavam particularmente a pratica pastoral e aos estudos da língua e cultura dos países para onde seriam enviados a trabalhar.

Em sua primeira nomeação (de marco a agosto de 1942) vamos encontra-lo em Westervoort como coadjutor, substituindo o titular preso durante a guerra pelos nazistas. Logo em seguida, foi nomeado professor da Escola Apostólica Foca de Tilburgo, onde por três anos desempenhou o cargo de ecônomo local. Pe. Teodoro sofreu em sua pátria todas as agruras da segunda guerra mundial. Finda a guerra, foi nomeado pare o Brasil, aqui chegando no dia 12 de junho de 1946. De 46 a 50 trabalhou como coadjutor na igreja São Jose, na Vila Industrial, Campinas. Nos últimos dois anos em que esteve em Campinas, serviu também como capelão no celebre Instituto Penido Burnier. Nos quatro anos seguintes (ate inicio de 54), Pe. Teodoro foi coadjutor na cidade de Bauru: primeiramente, na paróquia do Divino Espirito Santo (hoje, a catedral) e depois na paróquia de Nossa Senhora Aparecida. Mas, no vigor de seus 35 anos desenvolvia simultaneamente muitas outras atividades: era encarregado da igreja da Vila Cardia com sua escola paroquial, atendia a Santa Casa, o Colégio São Jose, o hospital da Beneficência Portuguesa e o Orfanato. Pirajuí foi sua próxima etapa, onde desde fevereiro de 1954, permaneceu por cinco anos como vigário. Confiantes em suas capacidades, seus superiores lhe pediram para assumir o cargo de vigário da Aparecida e Superior da comunidade, na cidade de Bauru.

A seguir, outra paroquia importante lhe foi entregue: Itajubá (1965). Depois de poucos meses como vigário substituto, foi empossado como vigário, função que exerceu por 14 longos anos. Foram anos frutuosos de sua vida. Pe. Teodoro sempre guardou uma lembrança carinhosa do povo itajubense ao qual ele soube dedicar especial estima. Enquanto foi Superior local, participou também por alguns anos do Conselho Provincial.

Nos dez últimos anos de sua vida, desde 1980, Pe. Teodoro se consagrou de corpo e alma a tarefa de Ecônomo Provincial, morando em S. Paulo. Podemos afirmar que Pe. Teodoro prestou imenso serviço a Congregação e a Província Brasileira dos MSC, desempenhando eficientemente um papel de que tanto gostava: “providenciar os recursos financeiros e supervisionar a execução das obras. E isto, em todos os anos de coadjutor, vigário e Ecônomo, ate o dia de hoje”, como ele mesmo escreveu em seu “curriculum vitae”. Como Ecônomo Provincial foi empreendedor e de magnânimo coração, especialmente preocupado com a manutenção dos seminários e com o problema das vocações; dava especial atenção a boa alimentação e saúde dos confrades. Enquanto coordenava e equilibrava as finanças da Província, sabia também colocar seus talentos administrativos a serviço de varies agencies internacionais de ajuda fraterna. Administrador de múltiplas contas fazia-o em beneficio dos outros, nada buscando ou amealhando para si pr6prio: viveu e morreu desapegado dos bens materiais. Era sua alegria poder atender as necessidades dos confrades e de outras comunidades. Amante da vida e da natureza cuidou com zelosa atenção do sitio de Guararema, transformando-o em local apto e digno para meditação e a oração.

Por três termos consecutivos foi nomeado Superior da casa provincial, revelando-se bom anfitrião e demonstrando sempre obsequiosa hospitalidade para todos que por ali passavam constantemente.

Ao mesmo tempo, era Reitor do Santuário das Almas. Fez-se grande propagandista da devoção as almas. Se de um lado, não descurava de seus piano para adequar cada vez mais o templo ao atendimento dos fieis, doutro lado como pastor se empenhava em educar cristãmente os peregrinos e os devotos das santas almas, os quais para ali afluem numerosos. Fez imprimir diversos folhetos pastorais com que inteligentemente, mas de modo simples e popular, sabia transmitir a mensagem da fé e a esperança crista na vida para além de morte. Em todo esse contexto sua ênfase recala sempre na Ressurreição de Cristo, penhor da ressurreição de todos os que nEle creem.

Como imagem maior que nos ficou do homem Pe. Teodoro, guardamos seu aspecto risonho, gentil e distinto, de gestos calmos e comedidos, seguro de si mesmo. Apesar de ser homem de opinião, sabia obedecer. Era apreciado por muitos amigos. Chamava atenção a regularidade fiel e constante com que, imperturbavelmente, cumpria seus compromissos para com Deus e a Congregação. Fazia regularmente suas orações e era metódico no desempenho de seus deveres.

 

Fonte Livro Face a Face

Autor: Pe. Henrique B. RobertoMSC